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Desacelerar é Preciso

Desacelerar o ritmo de vida não é preciso, diria Fernando Pessoa, a provocar dúvida interpretativa. Desacelerar seria desnecessário ou seria um caminho impreciso, sinuoso?
 
Esta introdução tem a pretensão de conclamar todas as pessoas que estão cansadas da correria e rotina estressantes dos dias atuais. Destina-se especialmente aos indivíduos que, assim como eu, já viveram meio século de vida agitada.
 
Nos tempos idos, nossas energias pareciam inesgotáveis. Tecíamos planos de estudo e trabalho e os colocávamos em prática, e a execução nos consumia até 20 horas diárias. A saúde às vezes claudicava, mas seguíamos altivos, sem medo de comprometer irremediavelmente o nosso futuro.
 
Os anos passaram, conquistamos um mínimo de dignidade cultural e socioeconômica. Olhando para trás, vemos cinquenta anos de esforços quase sobre-humanos. Olhando para frente, temos a certeza que esta fórmula não vai se repetir, seja por que talvez não tenhamos mais tanta vida terrena ou por causa da exaustão de nossas energias físicas e mentais.
 
As cobranças a que nos fazíamos e os padrões societários nos obrigaram a acelerar acima da velocidade permitida. E fomos multados pelo tempo. O preço da multa é o desencanto com muitas coisas belas, tomados que estamos pelo esgotamento.
 
As tarefas antes realizadas no turno matutino custam presentemente o dia todo. Querendo ou não, abandonamos muitas atividades acessórias. Justificamos tais medidas perante os amigos como sendo um gesto de grande desprendimento e não como uma deserção forçada, que verdadeiramente o é.
 
Por mais prazeroso que possa ser no começo, o ócio puro não resiste a meses de teste. Condicionados a rotinas cavalares, deixar tudo de lado e partir para uma nova vida, sobretudo simples, é pra poucos. Se não fizemos rupturas abruptas nas décadas passadas, como faríamos agora? Seríamos felizes com essa escolha?
 
O caminho que o GPS mostra, apesar de coberto por neblina, com prováveis pancadas de chuva, é a desaceleração. Isto leva à redução de rotinas, esvaziamento mental, etc.

A vida marcada pela aceleração rumo à acumulação de conhecimentos e riquezas cede, e dividiremos este quinhão com quem dele precise. Nós que fomos atores coadjuvantes da peça social, assumiríamos o papel principal. E como conseguir a desaceleração? Não existe receita infalível, porém sempre que a queima de energias lhe vulnerar, pare, feche os olhos e fique assim por algum tempo. Respire quadrado. Logo sua mente e seu corpo responderão positivamente. Oriente-se ainda pelas seguintes recomendações[1]:
 
- faça menos coisas;
- esteja presente de verdade;
- desconecte-se;
- concentre-se nas pessoas;
- aprecie a natureza;
- coma mais devagar;
- dirija mais devagar;
- encontre prazer em qualquer coisa;
- faça uma coisa de cada vez.
 
Autor:
DEUSMAR JOSÉ RODRIGUES
Contador e Advogado
 
Contato:
www.ottcontabilidade.com.br
 
 
[1] https://escoladainteligencia.com.br/os-10-mandamentos-essenciais-para-desacelerar-e-aproveitar-mais-a-vida/

 


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